Iniciei a jornada no dia
7 de Fevereiro de 2015 por volta das 11 horas da manhã, saindo de Santa
Maria / DF. Manhã essa chuvosa, mais mesmo assim eu tinha que parar
o Fusca no acostamento a cada 30 minutos para urinar, creio que era a
ansiedade que rondava minha mente. Cortando a chuva até a cidade de
Aparecida de Goiânia-GO onde parei para almoçar. Seguindo pelas
retas da BR 153, Passando por São José do Rio Preto e Marília,
cheguei ao estado do Paraná com o Fusca espetacular na estrada e
fazendo uma média de 14.5 km/l aos 90 km/h.
Uma breve parada para lavar o rosto, Marília / SP
Tinha previsto uma visita
ao parque Nacional Serra da Capivara em Ponta Grossa, porém passei
nessa cidade no Domingo no início da noite e o parque já
encontrava-se fechado para visitação, abrindo novamente na
Terça-Feira. Sem ter o que fazer, aproveitei logo e pernoitei em Ponta Grossa. Como não
tinha muito tempo, seguir com a jornada na manhã seguinte, passando
pela capital Curitiba e pelas cidades de Santa Cecília e Lages.
Entrando no estado do Rio Grande do Sul, comecei a pegar as
intermináveis serras gaúchas em baixo de fortes chuvas
aumentando ainda mais minha atenção, já que alguns trechos tinha
curvas tão fechadas que lembrava à Serra do Rio do Rastro.
Passando
por Caxias do Sul e ainda “ramando” na região serrana, fui
ultrapassado por um grupo de motociclistas todos com placa de
Brasília, em segundos sumiram em minha frente. Dando linha em
direção a capital do Rio Grande do Sul sem pressa na estrada,
cheguei em Porto Alegre no início da noite onde pernoitei. No dia
seguinte, agora andando em estradas planas, passei por Pelotas e
adentrando a Reserva Ecológica do Taim, dai peguei retas
intermináveis sem auxilio de postos de combustível. Em um
determinado km da BR 471, para tirar umas fotos de algumas
capivaras, beleza, na hora de partir, quem disse que eu conseguia soltar o
cinto de segurança para afivelá-lo. Fiquei uns 30 minutos tentando
soltá-lo até desistir e seguir viagem sem o uso do cinto de
segurança. Inconformado com a situação, parei o Fusca novamente no
acostamento, peguei o martelo na caixa de ferramentas e dei uma
martelada no eixo do compartimento onde o cinto fica enrolado, liberando assim o cinto de segurança, uma sorte pois uns 50 km
depois fui parado em uma blitz onde fui orientado a dirigir com
cuidado por causa dos animais que tentam atravessar a BR. Durante
todo o trecho dentro da Reserva Ecológica do Taim, pude observar a
grande quantidade de animais que morrem na tentativa da travessia da
BR 471.
Foi nesse momento que tive problemas com o cinto de segurança.
Com estradas muito bem conservadas e
seguindo viagem, passei por Santa Vitória do Palmar e chegando em
Chuí(ponto mais extremo do Brasil) no inicio da tarde, sem perder
tempo, dei inicio a obtenção dos últimos documentos para poder
trafegar nas estradas dos outros países. Na obtenção da Carta
Verde, levei um susto quando a mulher da seguradora falou que o
sistema não reconhecia o ano de fabricação do meu Fusca. No
sistema só constava Fusca com fabricação após 93. Fui em umas 5
seguradoras naquela pequena cidade e em todas as mesmas respostas.
Em um ato final, a mulher que estava realizando o preenchimento da
documentação em uma das seguradoras, propôs preencher a
documentação a mão, dessa forma ela preenchia com o ano de
fabricação do meu carro. Avisado que eu poderia ter problemas caso
alguém em uma abordagem entrasse no sistema para conferir dados. Com
a Carta Verde em mãos, lá fui eu realizar os tramites de imigração,
mas antes, abasteci o Fusca até o gargalo, pois o litro de gasolina
no Uruguai está na casa dos 5 reais. Segundo o manual do veículo, o
tanque de combustível pega 41 litros de combustível, porém
contraindo o que dizia o manual, o meu Fusca pega apenas 33 litros
com a gasolina chegando no gargalo, o que é muito ruim, pois 8
litros a menos no tanque faz muita diferença, principalmente sabendo
que iria passar por alguns dos lugares mais isolados do planeta. Após
uma espera de uns 30 minutos na migração, estava liberado para
entrar no Uruguai, naquele momento fiquei aliviado, pois sabia que
se eu tivesse algum problema com a carta verde, tinha como aliada a
embaixada brasileira no Uruguai ao meu lado.
Na migração, encontrei o pessoal das motos que tinha avistado
em Caxias do Sul. Esse pessoal estavam indo para Ushuaia(cidade mais
austral do mundo). Depois de uma rápida conversa, partir pela Ruta 9
feliz em saber que eu de Fusca estava tendo o mesmo rendimento que
motos de grande cilindradas vinha tendo na estrada. Seguindo com a
jornada, em um determinado ponto, a estrada se transformava em uma
pista de pouso de avião. Parei em uma casa de câmbio para trocar
dinheiro e comer alguma coisa, alguns quilômetros depois, realizei a
visitação da Fortaleza de Santa Teresa.
Parada para cambiar dinheiro e comer algumas besteiras.
Fortaleza de Santa Teresa.
Gravação de comercial.
Já no final da tarde,
parei na cidade de Punta del Diablo para pernoitar. No dia seguinte
bem cedo, partir em direção a Punta del Leste, percorrendo todo o
litoral do Uruguai banhado pelo Oceano Atlântico, nessa hora, às
paisagens arquitetônicas já era completamente diferente do Brasil.
Playa de los Pescadores, Punta del Diablo / Uruguai.
Preparando para pernoitar no camping.
Era nesse veículo que o pessoal do camping eram levados para a Playa de los Pescadores.
Em Punta del Leste, avistei vários Fuscas todos em excelentes estado
de conservação. Conversando com um proprietário de um Fusca na
porta de um Supermercado, fui informado que o Fusca nunca foi tão
cobiçado e valorizado no Uruguai, tudo graças ao presidente daquela
nação, presidente esse que deixa de andar em carros blindados para
ir dirigindo seu Fusca a trabalho por todo o pais.
Playa Brava
Eu, no Monumento al Ahogado.
Interessante forma de comunicação visual. Placa da Argentina
Casa Pueblo
Depois dos meus afazeres em Punta, já em direção a capital
Montevidéu, notei em uma redução de velocidade que o freio do
Fusca do nada tinha ficado muito ruim, parei no acostamento para ver
o que se passava e notei que o reservatório do fluído de freio
estava com nível bem baixo. Troquei a roupa para entrar em baixo do
carro e descobrir que uma das válvulas de sangramento da pinça de
freio estava folgada, como não sei. Após apertar a válvula, dei
uma conferida também na válvula do outro lado para ver se estava
tudo ok. No primeiro posto de gasolina, parei e comprei fluído de
freio, como tinha esquecido de colocar uma liga de soro na caixa de
ferramentas para fazer uma sangria no sistema, simplesmente completei
o reservatório na esperança de não ter entrado ar no sistema, por
sorte eu estava certo.
Completando o reservatório com fluído.
Seguindo em direção a capital, cai na real
que tinha poucos pesos uruguaios no bolso. Comecei uma peregrinação
aos postos de gasolinas na beira da estrada para tentar cambiar
dinheiro, nessa brincadeira, cheguei ao ponto de não ter dinheiro
nem mesmo para pagar o próximo pedágio, mas por sorte encontrei em
um pequeno mercadinho uma senhora que cambiava dinheiro. Em
Montevidéu, abasteci apenas 10 litros de gasolina, que já era
suficiente para chegar na Argentina, onde o preço do litro é bem
mais barato.
Na saída da capital, o GPS me conduziu pela periferia
da região, podendo ver de perto a situação em que muitas pessoas
vivem naquele pequeno país. Dirigindo em ruas abarrotadas de lixo
e desviando de motociclistas andando no limite máximo em motos de
pequenas cilindradas, fui saindo novamente na ruta 1 com destino a
Colônia del Sacramento. Novamente na estrada, só fui chegar em
Colônia por volta das 23 horas, depois de pegar uma chuva de
mosquitos na estrada. No dia seguinte, levei o Fusca em um lavado de
coche, depois partir para um city tour pelas impressionantes ruas
dessa cidade. Em Colônia del Sacramento, o que mais tem nas ruas são
carros antigos, e poder chegar nessa cidade abordo de um me fez
voltar no tempo, tempo esse glorioso, por uma engenharia automotiva
durável, bem diferente dos dias de hoje.
Farol marítimo
Carros antigos nas ruas como manda o figurino.
Fortaleza utilizada para evitar a entrada dos inimigos ao centro histórico.
No Uruguai, não fui parado
nenhuma vez para verificação de documentação, mas notei que os
policiais nas ruas são bem atenciosos, principalmente se você tiver
pedindo uma informação. Em Colonia, comprei a passagem e desenrolei
a documentação para colocar o Fusca no Buquebus para atravessa o
Rio de La Prata com direção a Buenos Aires. O único problema para
gerar a documentação da travessia foi o preço. Com o valor pago
apenas para atravessar o Fusca, daria para contornar todo o Río de
la Plata, porém não tinha esse tempo disponível. Na hora do
embarque, fui informado para descer nós bastidores do porto para
colocar o Fusca no porão do barco, logo após, subir para me
acomodar para a travessia, travessia essa que eu realizei dormindo
para recuperar o sono.
Aguardando o embarque, um detalhe é que a moto ao lado do Fusca tinha placa do Brasil.
No piso bem inclinado, fique com medo do Fusca ceder com o balanço do barco, mais deu tudo certo.
Na migração da Argentina, passei novamente
sem problemas por causa do detalhe na Carta Verde. Já em terras
Argentina, fui abordado por uma policial ainda dentro do porto, que
me orientou a colocar a mala de couro dentro do carro(mais de 50 anos
na família), pois na cidade tem muitos “ladrõezinhos” aplicando
golpes nos semáforos. Após retirara a mala do maleiro da tampa do
motor e colocar dentro do carro, sair do porto e me deparei com o
trânsito mais caótico que eu já trafeguei em minha vida. Em pleno
horário de pico, lá fui eu enfrentar aquele caus. Em Buenos Aires
pude notar que os motoristas são completamente impacientes ao
volante, buzinadas e infrações de transito eram frequentes a todo
momento, não bastando o GPS querendo me jogar na contramão o tempo
todo. No outro dia, já na saída de Buenos Aires, o GPS novamente me levou para a
periferia assim como ocorreu em Montevidéu, mas só que agora o
ambiente era mais “esquisito”. Em ruas de terras, passei por um
bairro repleto de carros velhos amontoados e pessoas vivendo na
pobreza extrema. O pior mesmo era o Fusca chamando atenção de todos
que andavam pela rua. Não me sentir seguro na quele lugar e querendo
sair o mais rápido possível da situação, aumentei o ritmo da
condução, desviando de crianças, cavalo, porco e muito lixo. Após
uns dez minutos agoniantes e olhando o tempo todo no retrovisor do
carro para observar a movimentação lá atrás, cheguei novamente ao
asfalto que em poucos minutos me levou até a Ruta 7, mas antes mesmo
de entrar nela, tive que pagar um pedágio para variar.
Plaza de Armas
Casa Rosada
Transito terrível, semáforo a cada 20 metros.
Já na Ruta
7, partir em direção a Mendonza. Rodovia com trechos que a
velocidade miníma era de 60km/h para se trafegar, já um pouco
afastado da grande Buenos Aires, alguns raros motoristas giravam na
casa dos 200km/h, podando o pequeno Fusca como se ele estivesse
parado. Foi nessa rodovia que eu mais recebi comprimentos dos outros
motoristas, comprimentos que já estava me enchendo o saco. Passei o
dia inteiro enfrentando uma reta interminável, cercada de plantações
e com raros postos de gasolina, o que dava muito sono. Nesse trecho,
o motor 1600 tork fez média de 15,3 km/l não tendo assim problemas
com falta de combustível.
Reta, reta e rata. Foi o único trecho de toda a jornada que sentir sono dirigindo.
Já no final da tarde, e já viajando em
pavimento de concreto, contornei o viaduto de acesso às Salinas de
Bebedouro, que foi formada pela secagem da Laguna
que
leva o mesmo nome do lugar. Na
hora de ir em bora, fui
passar
novamente pelo viaduto e
não
compreendi
como funcionava o fluxo para pegar a Ruta 7, acabei fazendo um “gato”
em uma estrada de terra para não correr o risco de ter que andar
vários km para encontrar um retorno. Mas nessa brincadeira, dei de
cara com uma viatura da polícia
caminera parada
no acostamento, com uma cara de não sei onde estou e nem para onde
vou, passei pela viatura sem ser incomodados
pelos
policiais. Uns metros depois, pude observar pelo retrovisor mais dois
carros fazendo o mesmo trajeto sem ser incomodados. Creio que essa
era a manobra certa para adentrar novamente na ruta vindo da salinas.
Seguindo em direção a Mendonza, pequei um mega buraco no pavimento,
pensei que tinha furado uns 2 pneus no mínimo.
Parei no acostamento e com a lanterna, verifiquei
os pneus que não tinha sofrido nada, aproveitei também e dei uma
lavada no para-brisa com sabão em pó por causa da grande quantidade
de mosquito que vinha pegando pela estrada. Novamente na estrada,
cheguei em Mendonza sem maiores problemas.
No
dia seguinte, acordei sedo e
com o motor frio, realizei a regulagem das válvulas
ali mesmo na garagem do hotel, com o Fusca ajustado, partir em
direção ao
Parque
General San Martin, o
Zoo local e o Cerro
de la Gloria.
Uma
coisa que não posso deixar de falar é a minha indignação
sobre o Zoo de Mendonza. Foi
o
Zoo com a entrada mais cara de todos os meus 20 anos de vida, além
de ter que pagar ainda estacionamento, amimais claramente abatidos e
solitários dentro de minúsculas
jaulas.
Minha visita priorizada o recinto do Urso
Arturo,
que atualmente sofre
com
a ignorância
do ser humano.
Atracción
Cerro de la Glória
Zoo de Mendonza
Covardia em manter um Urso-Polar em um clima de deserto!!!
Após me despedir de Mendonza,
Partir em direção a Cordilheira dos Andes, que foi alcançada em
pouco mais de uma hora de viagem. Comecei a subir a Cordilheira dos
Andes em direção ao Chile, porém em um determinado ponto da
subida, notei uma perda de potência no motor. Ao olhar no GPS,
estava à 3.840 metros acima do mar. Realizei o ajuste de mistura no
carburador e em menos de 3 minutos o motor estava afinadinho
novamente.
Parada para repassar a carburação.
Passado pelos pequenos mais receptivos povoados de Punta
de Vacas e Puente del Inca, cheguei ao portal que dá acesso ao
Cristo Redentor de Los Andes, há uns 20 km da aduana de imigração
do Chile.
Esquecidos no tempo
Rural Willys Overland abandonada. No ano de 72, meu avô desenrolou a mudança de sua família com uma dessa. Na ocasião, foram apenas 12 pessoas dentro da Rural.
Ponte natural formada por minerais e micro-organismos biológicos.
Realizei a violentíssima subida em primeira marcha até o
cume que se encontra a 4.787 acima do nível do mar. Na hora de
descer, poderia tomar a estrada que já saia depois do famoso túnel
Cristo Redentor, porém tinha planejado uma visita ao parque
Aconcágua. Realizar a decida pelo mesmo caminho acompanhado de uma
família do Rio Grande do Sul abordo de uma Toyota SW4. Se na subida
peguei primeira marcha pisando forte no acelerador, na decida
realizei com o motor desligado. Descendo tranquilamente até que
escultei um barulho e logo em seguida, avistei o bagageiro de teto
caindo sobre o capo lisinho do Fusca. Não sei como, mas ele
simplesmente quebrou três dos quatro suportes que o segurava no
teto. Com a quebra, ele veio arranhando o teto e o capo do Fusca,
além de quebrar a antena original do carro. Tentei colocá-lo dentro
do carro para mandar soldar na cidade mais próxima, porém ele não
cabia. Na quela hora a jornada tinha acabado para ele, pois descartei
ele ali mesmo na beira da estrada, uma pena, pois além de ser
original, tinha o madeiramento em Ipê.
O verdadeiro valor de um carro não esta em seu ano e nem no seu
valor financeiro, mais sim nós momentos de prazer que ele lhe
proporciona.
Antes de enfrentar o
engarrafamento que já era possível observar durante a decida, parei
no parque Aconcágua, partindo para uma leve caminhada até o mirante
do monte com os seus quase 7 mil metros de altitude, sendo o ponto
mais alto das Américas.
Aconcágua, pico das Américas.
Saída do túnel Cristo Redentor. Teto e capô arranhados pela quebra do bagageiro.
Partindo em direção ao Chile com o frio
incomodando, cheguei na fila de espera para realizar a imigração,
mas dessa vez tive que esperar mais de 8 horas para chegar na aduana,
pois a fila estava quilométrica, com carros abarrotados de pessoas.
Com o motor quente, aproveitei e troquei o óleo de maneira discreta
ali mesmo na beira da estrada, tomando o cuidado de recolher todo
óleo velho para ser descartado corretamente mais a frente.
Aproveitei também e substituir o filtro de ar e combustível. Na
fila de espera, avistei também uma carreta com placas de São Paulo.
Aduana chilena
Após
todo o trabalho burocrático para entrar com o Fusca no Chile,
cambiei dinheiro e me preparei para descer novamente a cordilheira
dos Andes, passando pelas famosas curvas de Los Caracoles. Em poucas
horas eu estava mais uma vez na capital Santiago, porém antes de
chegar na capital, refiz o ajuste na mistura do carburador.
Los Caracoles
Novamente
em Santiago, e com um transito bem organizado, parei no centro para
cambiar mais dinheiro e partir para os meus afazeres no dia seguinte.
Plaza de Armas
Catedral Metropolitana
No dia
seguinte, partir em direção a Valparaíso, onde o Fusca teve o seu
primeiro encontro com o Oceano pacifico. Foi em Valparaíso que
geograficamente mais me afastei de casa, traçando uma linha reta, são
mais de três mil quilômetros de distância.
30 minutinhos para passar pelo pedágio.
Ponto geograficamente mais distante de minha casa.
Plaza Sotomayor
Monumento a Arturo Prat
Vinã del mar
Andei quase 9 km atrás desse belo exemplar.
De Valparaíso, comecei
a me deslocar em direção ao norte do país, Pela Ruta
5(Panamericana), enfrentei longas retas fazendo com que rendesse
bastante a jornada. Aos poucos a paisagem foi mudando(...), novamente
estava no Deserto do Atacama. Passei por La Serena, Copiapó, chañaral e Antofagasta.
Distante de tudo, sozinho pelo deserto do Atacama...
Coragem, dona da minha mente, eu... Arquiteto do meu destino!
Mano del Desierto
O caminhoneiro fez questão de parar quando viu o Fusca. Fez algumas perguntas, bateu umas fotos do carro e seguiu com seu trabalho.
Chegada em Antofagasta
Balneário Municipal de Antofagasta
Entre Antofagasta.e Calama
encontra-se as ruínas da Oficina Chacabuco, porém o Sol me
desanimou em dar uma caminhada por esse grande museu a céu aberto.
De Calama, seguir em direção a comuna de San Pedro de Atacama. De Santiago a San Pedro são mais de 1600 km de distância, a
esse ponto, o Fusca já vinha há 2 dias trabalhando quase
20 horas por dia sobre temperaturas muito elevadas, mesmo assim, ele não reclamou em momento algum.
Uma leve tempestade de areia.
Parque Eólico Alto Atacama
No dia seguinte em
San Pedro de Atacama, completei o tanque do Fusca no posto de
gasolina mais escondido de todo o mundo. Para chegar no posto, tinha
que passar por dentro de vários estacionamentos de hotéis, sem
placas indicando o caminho, fui pedindo informações até chegar no
posto com uma infraestrutura precária e a gasolina mais cara de todo
o Chile. Mesmo depois de já ter ido ao posto, me perdia no caminho
quandro precisava abastecer novamente de tão escondido que ele era.
Posto de gasolina, San Pedro de Atacama.
Com gasolina no gargalo do tanque, partir para um passeio solitário
pelo Deserto do Atacama. A ideia era cruzar o Deserto do Atacama de
Leste a Oeste, indo ate o departamento de Jujuy, já na Argentina.
Porém peguei longos trechos em primeira e segunda marcha, além de
ter visitado o Valle do Arco-Íris, onde pude avistar o complexo grupo
de bactéria mencionado por Charles Darwin em sua jornada no século
XIX. Depois fui em direção das lagunas Cejas, Chaxa e Piedras que
eu ainda não conhecia, andei quase 120km pelo Salar do Atacama. Em um determinado ponto da estrada, cheguei a
conclusão que eu não tinha mais combustível para ir a lugar algum,
estando apenas 32 km da fronteira com a Argentina. Parei o Fusca e
fiz os cálculos. A gasolina não dava para chegar novamente em San
Pedro, o único lugar que tem gasolina na região, droga, tinha
cometido um erro bobo que já custou a vida de muitas pessoas nesse
deserto. As longas subidas na ida, agora era decida na volta, decidas
essas feitas com o motor desligado. Nessa brincadeira andei quase 40
km a mais do que eu tinha calculado. Cheguei em San Pedro com menos
de três litros de gasolina no tanque, e com a certeza que não se
pode vacilar no deserto, principalmente se estiver sozinho.
Caminho para o Valle do Arco-Íris
Vulcão Licancabur ao fundo.
A caminho das verdades que a bíblia tenta esconder da humanidade.
Dentre os milhares de petróglifo desse lugar, um vai contra o teatro empregado hoje.
Em pleno deserto, se você procurar no lugar certo, você vai encontrar água.
A porta aberta é para não ferver o interior do Fusca, pois aqui o Sol não perdoa.
Bactérias processando bactérias, nessa hora lembrei do número de Graham.
Queria sentar para conversar com essa pessoa que tentou viver isolada no deserto, cada ideia...
Percorrendo o Salar do Atacama.
Estação Meteorológica
Laguna Cejar
Laguna Chaxa
Laguna Piedras
Parada para conferir alguns mapas, pois eu estava andando à mais de 3 horas sem sinal de GPS.
Reserva Nacional Los Flamencos
Laguna Miscanti, já a conhecia de outra viagem. Continua linda como sempre!
Não me sentia confortável em desligar o motor, vai que ele não ligava novamente.
Pequenos flocos de neve caindo durante o caminho, tudo certo se eu não tivesse deixado o agasalho no hotel
Fui nesse ponto que descobrir que tinha pouco combustível.
Cheguei em San Pedro nesse estado.
Completando o tanque em San Pedro, sair novamente pela estrada para poder observar o pôr do Sol. Fiquei mais dois dias descansando em San Pedro de
Atacama até seguindo com a jornada.
Valle de la Luna
Dois dias de descanso para o meu guerreiro
Partir em direção a cidade de
Ollagüe, já na fronteira com a Bolívia para poder chegar em Uyuni.
Seria quase 400 km de estrada de chão andando pelos altiplanos
bolivianos e tendo há incerteza como companhia. Em um levantamento
prévio, sabia que teria que abastecer em Calama / Chile e só
encontraria gasolina novamente em San Cristóbal já na Bolívia.
Mais de 300
km em uma estrada em que a oscilação
de altitude vária
em mais de 5.000 metros acima
do nível do mar. Para não
correr o risco de sofrer às
dores do mundo, como quase ocorreu em San Pedro do Atacama, arrisquei
em levar 15 litros de nafta “escondido” no chiqueirinho. Sai de San Pedro no final da tarde e parei
para dormir na cidade de Chiu-Chiu e no dia seguinte, sair
de madrugada para evitar os policiais na estrada.
Encontrei essa raridade na saída de San Pedro do Atacama.
"Não chore nobre família, a vida é mesmo assim, também vou
levando a vida, sem saber da onde eu vim."
Igreja San Francisco de Chui-Chuí. Datada do ano 1600, é a igreja mais antiga do Chile.
Laguna Inca Coya, acredita-se que sua forção é decorrente a queda de um meteoro. Tem uma história muito interessante.
No dia seguinte, sai de madrugada com destina a Bolívia, e uns 60 km da fronteira, aproveitei
para reabastecer
o Fusca sobre uma temperatura negativa ali mesmo na beira da estrada,
aproveitei também e
reajustei
novamente a mistura do carburador, pois o motor estava sofrendo com o
famoso mau
das
montanhas.
Com o dia já claro e com menos gelo pela estrada, tive coragem de sair do Fusca para reabastecer!
Salar de Carcote, ao fundo o Cerro Aucanquilcha.
Aduana boliviana, o oficial queria cobrar 10 bolivianos pela declaração jurada na
cara de pau(...), perguntei para ele o que estava acontecendo. Fui
liberado sem pagar nada.
“Serpenteando”
pela estrada por mais
de 2
horas, um dos pneus acabou furando, parei para trocá-lo
e notei que tinha mais um
pneu furado, ainda não estava completamente murcho,
mas já ia bem baixo. Caramba, novamente estava com problemas em uma
região critica. Troquei o outro pneu rapidamente e segui viagem
pensando no
que iria fazer. Sabia que a estrada que passava os 4x4 com turista
ainda estava há mais de 100
km de distancia. Já com o
pneu bem murcho,
me depara com uma carreta vindo no sentido contrário.
Buzinei, pisquei farol e fiz sinal para parar. Por sorte o motorista
parou e ficou impressionado por ver um caboclo sozinho em um Fusca
brasileiro andando por aquelas bandas. Pedir para o motorista que se
chamava Carlos encher o pneu do Fusca no compressor da carreta.
Alguns minutos depois estava novamente na estrada tentando chegar no
meu destino, entretanto em
pouco tempo depois, o pneu
estava novamente bem baixo. Parei o Fusca e fiquei ali na beira da
estrada por mais de um hora até notar que uma carreta vinha no mesmo
sentido em que eu tentava seguir viagem. Antes mesmo de eu fazer
sinal de ajuda, o motorista já dava sinal que iria para, ufá(...).
Na boleia de um antigo Volvo vinha Max, morador de Cochabamba,
que estava viajando a trabalho. Não preciso
nem dizer que ele também ficou bobo em ver um Fusca na quele lugar.
Combinei com ele em irmos parando para ir enchendo o Pneu. Andamos
por mais de 2 horas ate chegar na villa Alota, onde não tinha
borracharia. Seguimos então viagem até chegar em San
Cristóbal, depois de 16
paradas para encher o pneu. Me despedir
do Max onde lhe dei 100 dilmas
honradamente ganhadas, pois
se não fosse ele, eu teria que andar com o pneu furado e
depois cruzar toda a Bolívia
e Chile sem step, para poder comprar outro pneu no Perú, pois nesses
dois países esse padrão de pneu é obsoleto.
Após remendar os dois pneus com um borracheiro morto de sono e
que nunca tinha visto um pneu da quele padrão,
seguir viagem por mais 85
km ate chegar em Uyuni.
Max, enchendo mais uma vez o pneu do Fusca, ao fundo a Villa Alota, que não tinha borracharia.
Igreja de San Cristóbal
Já
conhecia a cidade de Uyuni, mais chegar até ela de Fusca me trouxe uma nova visão, uma visão de conquista.
Uma das ruas principais de Uyuni, onde é possível avistar o hotel que me hospedei, hotel esse que mais me agradou em toda viagem.
No dia seguinte, acordei sedo e fui em direção ao maior salar do mundo, o Salar de Uyuni, mais primeiro fui abastecer o Fusca, pois o ponteiro de combustível já mostrava no inicio da reserva. Nesse momento apliquei a arte de comprar gasolina na Bolívia. Uma lei criada pelo querido presidente boliviano, obriga carros estrangeiros a pagarem um valor bem elevado no litro de gasolina. Segundo a tabela, o litro custaria quase 4,50 reais. Mas comigo não tem erro!!! Estacionava o Fusca bem longe do posto, pegava os galões e comprava gasolina por apenas 1,60 reais o litro. Dava uma trabalheira, uma suadeira no corpo, mas valia a pena, afinal estamos falando de gasolina pura...
Com o tanque cheio, fui em direção ao salar que se encontra a uns 45 km de distancia da cidade. Poder estar novamente naquele lugar foi incrível, embora com menos água do que da outra vez, o salar de Uyuni continua um lugar especial. Nessa altura o Fusca já era atração para os turistas do mundo inteiro. Após pedir informação há um guia de um 4x4, andei por uns 40 minutos para chegar até na parte inundada. Na volta, eu não sabia para qual direção encontrava-se o hotel de sal para pegar o caminho de saída do salar. Mesmo “varrendo o espelho d'agua com o meu binóculos não conseguia avistá-lo, pensei comigo mesmo, droga, estou perdido. Através do binóculos conseguir observar um pontinho no horizonte e lá fui naquela direção até chegar em um 4x4 e pedir que o motorista me apontasse a direção do hotel de sal. 1 hora depois já estava saindo do salar sabendo que tive mais uma vez muita sorte.
Embora tendo quase 1,90 metros de altura, meu corpo não reclamava do espaço do Fusca.
Atracción de nuevo / Attraction again.
Monumento ao maior Rally do mundo
Aproximando do 4X4 para pedir ajuda
Na terra dos 4X4, Fusca reina soberano...
Hotel de Sal
Se fosse um plastmóvel, no mínimo tinha queimado a junta do cabeçote.
Lavô "tá" novo!
Na manhã seguinte, dei baixa no hotel e após de notar que à prática de carregar gasolina em galões na Bolívia é permitida e necessária, enchi o tanque do Fusca e carreguei mais 35 litros de gasolina nós galões dentro do carro. Com o carro abastecido, peguei novamente a mesma estrada para retornar ao Chile, porém a pedreira seria bem maior nesse dia. Sai de Uyuni na Bolívia e fui em direção a cidade de Pica já no Chile, mais de 500 km de estrada de chão. Um pouco depois da Villa Alota, o pneu furou novamente, troquei rapidamente e seguir viagem sabendo que a quilo não podia acontecer mais naquele dia.
Estrada cercada por pedras vulcânicas, tendo ao fundo o Vulcão Ollagüe.
Pneu furado logo após a Villa Alota.
Realizei os tramites de imigração ao Chile novamente com 20 litros de gasolina no galão “escondido” dentro do Fusca. Deu tudo certo e antes de pegar a estrada em direção a cidade de Pica, fiquei mais de 2 horas esperando um trem parado para poder atravessar os trilhos. O GPS não reconhecia essa estrada, e nas escuras partir para a coisa mais arriscada da minha vida.
Aduana
A estrada que era boa começou a ficar ruim ao ponto de não poder passas dos 20km/h. Em alguns trechos, andei sobre pedras onde em determinadas ocasiões o Fusca ficava com apenas três roda apoiadas no chão para vencer obstáculos. Um problema mecânico que eu não conseguisse solucionar sozinho estaria com minha vida em risco, pois não tinha ninguém para pedir ajuda, além de que na madrugada a temperatura passava dos 20 graus negativos e eu não tinha agasalho suficiente para suportar esse frio.
Pela posição da chave de desvio dos trilhos, descartei a possibilidade de algum trem utilizar essa linha.
Nada no meio do nada
Após mais de 5 horas tensas, me deparo com a maior surpresa de toda a viagem. Em uma subida onde a estrada já era quase um trilho de pedras, me deparei com uma viatura dos Carabineiros do Chile vindo em sentido contrário. Imediatamente saíram do carro com armas apontadas, pediram para eu descer do Fusca. Pediram toda a minha documentação e deram um “bacu” federal no pobre do fusquinha, ate o número do chassi eles conferiram. Depois eles me explicação que aquela rota era utilizada por traficantes de drogas, em fim(...). Mas o melhor mesmo foi depois da abordagem, onde a tensão já tinha passado e deu lugar a descontração. O tenente, chefe da operação, simplesmente não acreditava que um rapaz sozinho estava andando ali com um Escarabajo vindo do Brasil, pediu para sacar uma fotografia para não ficar como mentiroso lá no batalhão e mesmo na hora de entrar na viatura ele dizia frases como “eu não acredito que abordamos um Escarabajo brasileiro”. Para mim, só o que aconteceu ali já valeu a jornada.
Seguindo viagem, pude avistar a mina Rosário, que de certa forma me deu um alivio, por está próximo da civilização. Em um Determinado trecho da estrada, pequei 26 km de asfalto próximo ao aeroporto de Coposano que fica no meio do nada., porém a decida da Cordilheira dos Andes foi feita em mais uma precária estrada de terra. Quando cheguei na cidade de Pica, já era quase 2 horas da madrugada, depois de mais de 20 horas dirigindo. Aproveitei para reabastecer o Fusca com os últimos 20 litros de gasolina trazido da Bolívia e fui descansar, pois no dia seguinte estaria ingressando no Perú.
Ao fundo é possível observara à mina Rosário
Mina Rosário
Cemitério de automóveis no meio do deserto.
Pedestres??????
Pneus remendados, pronto para pegar estrada mas antes, dei uma checada no motor, câmbio e coifas do diferencial atrás de vazamento de óleo, tudo ok.
Na mesma situação um tanto quanto complicada que enfrentei no Uruguai por falta de dinheiro local, passei por Pica, Pazo Almonte e Huara desesperado para encontrar uma casa de câmbio, porém dessa vez, nada!. Tinha até programado uma visita ao geoglifo do Gigante de Atacama(Tarapacá), porém pelos cálculos, o combustível ainda comprado na Bolívia daria apenas para chegar na fronteira com o Perú. Não encontrando uma casa de câmbio, a agonia só foi aumentando. Ajuntei as moedas da carteira para pagar a entrada nas Ruínas Humberstone. Ainda em Humberstone, me informei com um carabineiro que falou que só teria casa de câmbio na cidade de Arica. Cheguei em Arica com aproximadamente 1 litro de gasolina no tanque. Parei no primeiro posto de gasolina e perguntei para o frentista se ele aceitava Nuevo Soles(moeda peruana)? Para minha alegria escutei um sim, embora não valesse a pena. Abasteci somente 8 litros e fui em direção a fronteira com o Perú com menos de 700 pesos chilenos na carteira.
Cheguei em Arica nessa situação.
Chequei na fronteira por volta das 21 horas, onde esperei por mais 4 horas para realizar os tramites. Quando estava liberado para seguir com a jornada, já não tinha mais cabeça para chegar em Tacna, por causa do grande estresse por não conseguir cambiar dinheiro nós últimos quilômetros no Chile. Armei a barraca e dormir ali mesmo no estacionamento da aduana. No dia seguinte, acordei já recuperado do dia dia anterior, arrumei minhas coisas e partir em direção a Tacna, já em território peruano. Em Tacna, tive que esperar até às 10 horas da manhã para uma Lan House abrir as portas para eu poder entrar em contato com minha família no Brasil, que naquela ocasião, já estava há mais de 3 dias sem notícias minhas. Andando em Tacna, por sorte passei em frente a uma oficina especializada na mecânica de Fusca, uma raridade em toda a jornada, já que na Argentina, passei por alguns lugares que pessoas vinham até o Fusca impressionadas por nunca ter visto um pessoalmente.
Depois de um rápido city tour por Tacna, voltei novamente para a ruta 5. Segui em direção ao Centro-Sul do país, atravessando os longos pampas peruanos onde nunca sentir tanto calor em minha vida, mesmo estando recebendo a forte brisa do Oceano Pacífico o tempo todo. Aos poucos percebi que andar pelo Peru é uma prova de paciência. Enfrentando longas subidas com a estrada sinuosas por horas, a viagem não rendia mais como estava acontecendo nós outros países. Cansado de dirigir naquela situação, decidir parar cedo do dia na cidade de Pescadores.
Com suor no rosto, passei pelos Pampas peruanos
Placas
indicava subidas com quase 30 km de extensão . Lá estava eu andando de segunda marcha!
No dia seguinte, 4 da manhã já estava na estrada em direção a Nazca, mas antes dei uma rápida parada em Chala para visitar as ruínas de Puerto Inca, depois visitei o Chauchilla Cemetery já nós arredores de Nazca.
"Geladeira dos Incas"
Tumbas coletivas
Local destinado a secagem de peixes.
Chauchilla Cemetery
Em Nazca, fui logo a procura de um hotel, depois fui até o aeroporto para comprar o sobre voo das Linhas de Nazca para a manhã seguinte. Do aeroporto, seguir direto para as ruínas de Ruínas Cahuachi em uma estrada de pedras que pensei que o Fusca iria até desmanchar. No caminho peguei algumas gotas de chuva, dai descobrir que os limpadores do para-brisa tinha parado de funcionar. Novamente em Nazca, naquele transito complicado e barulhento, seguir diretamente para o hotel. No hotel constatei que o fusível dos limpadores de para-brisa tinha queimado, substituir por uns reservas que tinha e não tive mais esse problema.
Cahuachi, a maior cidade de barro do planeta!
Árbol e Manos
Ei amigos, ainda estamos aqui. Temos uma das maiores reservar de Lítio!!!
Cóndor
Mono
No outro dia após o voo sobre as linhas de Nazca, fui ao centro para cambiar dinheiro e só encontrava lugares que cambiava Dólar ou Euro. Depois de muito caminhar, encontrei um cambista no meio da rua que aceitava Reais, aproveitei e cambiei logo uma boa quantidade de dinheiro para não sofrer, como ocorreu no Uruguai e no Chile. Por volta das 14 horas, partir em direção a Cusco pela ruta 26, mas antes de sair de Nazca, passei pelos aquedutos cantalloc.
Aquedutos cantalloc
Um feito da engenharia antiga.
"Geladeira dos Incas"
Tumbas coletivas
Local destinado a secagem de peixes.
Chauchilla Cemetery
O que tem de ossos humanos espalhados pela região, chega a assustar!
Cahuachi, a maior cidade de barro do planeta!
Cessna 206
Árbol e Manos
Ei amigos, ainda estamos aqui. Temos uma das maiores reservar de Lítio!!!
Cóndor
Mono
No outro dia após o voo sobre as linhas de Nazca, fui ao centro para cambiar dinheiro e só encontrava lugares que cambiava Dólar ou Euro. Depois de muito caminhar, encontrei um cambista no meio da rua que aceitava Reais, aproveitei e cambiei logo uma boa quantidade de dinheiro para não sofrer, como ocorreu no Uruguai e no Chile. Por volta das 14 horas, partir em direção a Cusco pela ruta 26, mas antes de sair de Nazca, passei pelos aquedutos cantalloc.
Um feito da engenharia antiga.
Seguindo
viagem, sabia que a próxima etapa a ser vencida não seria fácil,
pois teria que enfrentar uma das estradas mais perigosas de toda a
jornada. No km 73 parei para realizar o ajuste da mistura do
carburador. No km 112 passei por um acidente onde uma caminhonete
tinha caído mais de 400 metros cordilheira abaixo. No km 114 e a uns
5.200 metro de altitude, peguei uma chuva logo após passa por um
pedágio. Na hora a temperatura estava negativa e em um determinado
ponto, surgiu um acumulo de gelo no asfalto que fez o Fusca patinar
por uns 80 metros. Não percebi o gelo na pista, pois o mesmo estava
sujo. Vendo que não iria conseguir contornar a curva, simplesmente
joguei o Fusca na canaleta, para não correr o risco de cair uns 500
metros cordilheira abaixo. Quanto veio a concessionaria da rodovia,
fui informado que a mesma estava interditada. Como assim, tinha
acabado de passar pelo pedágio e ninguém falou nada. Quando eu
entrar com um processo alguém vai falar alguma coisa??? Um dos
tratores que estava trabalhando na remoção do outro carro há uns
quilômetros atrás veio me retirar daquela situação. Ao conversar
com o tratorista, ele me falhou que 6 pessoas da mesma família tinha
morrido no outro acidente. Depois de uma espera de 4 horas na beira
da estrada e sendo guardado por uma viatura da polícia sobre um frio
agoniante, chega o caminhão que iria me rebocar, porém o caminhão
era próprio para rebocar veículos grandes, sem ter outra opção
assinei os papeis dando inicio as manobras para rebocar. Na hora de
suspender a frente do Fusca, já foi detonando a minha caixa de step,
para-choque dianteiro e a placa dianteira. Beleza, só fui saber
disso 4 horas depois quando chegamos em Nazca já na avançada
madrugada.
Em Nazca, fui em 4 oficinas. Nas quatro, fui informado que teria que levar o Fusca até a capital Lima que se encontrava há mais de 1000km de distancia. Mais comigo não tem erro! Mandei desmontar o quadro da suspensão e levamos para alinha-la no verdadeiro estilo "vai ou racha". Depois de "alinhada" na prensa e montada novamente, o Fusca estava pronto para pegar estrada. No Brasil, trocarei o quadro da mesma por um novo, pois ele amassou bem em cima dos braços do embuchamento, que essa hora devem esta embarcando para o espaço. Com a suspensão não tão alinhada, os pneus também estão com os dias contados. Mais o importante é que o Fusca estava pronto para refazer o mesmo caminho em direção a Cusco.
Frente estraçalhada por causa do guincho impróprio para rebocar veículos pequenos.
Todo o pessoal da oficina trabalhando juntos para colocar o Fusca o mais rápido possível na estrada.
Quadro da suspensão bastante empenado...
"Alinhada" e pronta para montar novamente no chassi do Fusca.
Seguindo com a jornada, passei um dia inteirinho remando na Cordilheira dos Andes, enfrentando péssimas estradas e fortes chuvas de granizo. Em Puquio, parei para esticar às pernas e aproveitei logo para realizar mais uma troca de óleo ali mesmo na beira da estrada, trocando o filtro de ar e combustível também.
Estrada muito ruim, muito gelo pela pista e uma chuva que não cessa!!!
Ultima troca de óleo na jornada.
Logo em seguida, pegando estrada e muita subida, chegando em Abancay às 21 horas sobre temperaturas negativas. Fui logo procurar um hotel para passar a noite. Não encontrei hotel com garagem, e não me convém deixar o Fusca na rua. Sem ter o que fazer, decidir seguir adiante mesmo sabendo que não iria mais visitar o sitio arqueológico de Saywite na saída da cidade e que estava programado para o dia seguinte. Na estrada, sobre chuva e neblina, fui conduzindo o Fusca calmamente em segunda marcha por mais de mais 3 horas na estrada agora deserta até chegar na cidade de Curahuasi, onde me hospedei. No dia seguinte, dormir até mais tarde, e depois de dar uma olhada superficial no motor e câmbio atrás de algum vazamento de óleo, seguindo em direção a Cusco por volta das 11 horas da manhã.
Já em Cusco, estacionei o Fusca em uma rua estreita para comer alguma coisa, logo em seguida sai em direção às ruínas de Saczayhuaman. Depois de observar com os meus próprios olhos às evidencias que fortaleceram ainda mais os meus pilares do Ateísmo, seguir em direção ao estacionamento para pegar o Fusca. Na hora de ir embora, notei que alguém tinha batido no para-lama direito traseiro. A cor deixada na pintura do Fusca foi que me deu a resposta. Algum ônibus do transporte público de Cusco tinha me atingido na estreita rua onde eu deixei o carro estacionado.
Rua estreita, não sabia eu a surpresa que me aguardava.
Fazer esse trabalho com ferramentas primitivas???
Cortes com as mesmas características que só HOJE conseguimos com máquinas elétricas específicas...
Lataria danificada pelo transporte público.
Seguindo em direção a outras ruínas no Vale Sagrado, fui pensando comigo mesmo na sacanagem que o governo peruano faz com os seus visitantes. Para poder visitar uma ruína você tem que comprar um caríssimo bilhete de acesso. Esse bilhete também lhe dar acesso a outras ruínas “próximas”, porém esse bilhete só tem validade de apenas um dia, obrigando os turistas a ficarem pouco tempo no local de visitação.
Ruínas de Pukapukara
Ruínas do templo Q'enqo
O lugar é um mistério para nós seres humanos.
Sala de rituais
Vitrificação de rochas, como a bíblia explica esse evento???
Ruínas de Tambomachay
Ruínas de Pisac
Tumbas mortuárias
Túnel esculpidos nas pedras
Passando pelas ruínas de Písac, entrei no Fusca sabendo que tinha pouco tempo para chegar em Ollantaytambo. No caminho fui parado por policiais que fizeram uma busca detalhada dentro do carro, depois de arrumar toda a bagagem no lugar e responder algumas perguntas sobre o Fusca, estava na estrada novamente, agora mantendo velocidades na ordem de 120 km/h cortando todas as curvas que tinha visão. Não andei 20 km e fui parado de novo(...), depois de outro “bacu” no carro já nem arrumei mais há bagagem, simplesmente joguei ela dentro do Fusca. Em um trecho da estrada agora mais sinuosa do Vale Sagrado, atropelei um cachorro de grande porte a mais de 80 km/h, amassando o aro do farol e entortando um pouco mais o para-choque, sem falar que quase arrancou o farol de minha, mesmo assim, pude acompanhar pelo retrovisor o cachorro se levantando e continuando seu destino para o outro lado da estrada. Faltando apenas 32 km para às ruínas de Ollantaytambo, acredita, fui parado novamente pela polícia carreteira. Depois de mais uma vistoria rigorosa na bagunça que já tinha formado dentro do Fusca, voltei a estrada já sabendo que não tinha mais tempo para nada naquele dia. Chegando na cidade de Ollantaytambo, comecei uma peregrinação atrás de um hotel que tivesse garagem para guardar o Fusca, pois no dia seguinte tinha em mente de ir nas ruínas de Machu Picchu. Após quase 40 minutos andando em ruas apertadíssimas e com pavimento de pedras, encontrei um hotel que tinha garagem com uma diária de 230 reais.
Beleza, fui a estação de trem da cidade para comprar a passagem para Água Caliente. Na estação, fui nas duas empresas que operam na linha local e nas duas o preço da passagem estavam simplesmente absurdos. Estavam cobrando algo muito próximo de 400 reais para um trajeto menor que da minha casa até o meu trabalho e em horário horríveis. Caramba, mais de 600 reais para visitar Machu Picchu. Desistir na mesma hora, voltei no hotel, dei baixa pagando 5% do valor da diária, peguei o Fusca na garagem e voltei novamente para Cusco sobre uma forte chuva de granizo por quase todo o caminho, chegando por volta das quatro horas da madrugada. No hotel, abrir o roteiro da viagem e lembrei que tinha mais duas ruínas no Vale Sagrado para ser visitadas. Fui dormir e só acordei às 13 horas, ainda cansado do dia anterior. Da janela do quarto observei que a cidade estava coberta por uma forte neblina. No balcão do hotel me informei com a moça que ali estava e fui informado que a neblina era normal em dias chuvosos. Voltando para o quarto e decidir que iria tirar o dia para descansar, desistindo também da visita das ruínas de Maray e Pikillaqta por causa da chuva e da neblina. Peguei o Fusca na garagem do hotel e fui almoçar, depois dei uma passada em um mercadinho para comparar umas besteiras, pois o objetivo do dia seguinte era chegar novamente na Bolívia, depois voltar para o hotel de baixo de uma chata chuva.
Na manhã seguinte, dei baixa no hotel e continuei com a jornada. Seguindo pela estrada sobre uma leva garoa e uma neblina que não possibilitava enxergar 30 metros adiante. Após cruzar a Cordilheira dos Andes, fui em direção às grandes planícies cercadas de montanhas.
Em Acora, parei para abastecer mais uma vez, comprei apenas 2 galões(8 litros)de nafta, que era suficiente para chegar na Bolívia, ai sim, encher o tanque com a gasolina baratissima. Na estrada novamente, fiz questão de parar no portal de Aramu-Muru. Depois de notar uma boa energia do locar e fortalecer ainda mais minhas opiniões sobre a bíblia, caminhei por alguns minutos até chegar no Fusca, que tinha ficado dentro do mato para não atrapalhar o fluxo de pessoas pastorando seus rebanhos de ovelhas na estradinha de terra.
Seguindo adiante, passei por Juli e Pomata até chegar em Desaguadero para fazer os tramites de migração na Bolívia no inicio da noite. A aduana encontra-se logo após a ponte sobre um “Braço” do lago Titicaca. Na hora estava ocorrendo uma feira sobre a ponte tornando o transito um caus. Esbarrei levemente com o Fusca em uma barraca que sei lá o que estava vendendo, o dono já muito bravo veio querendo tirar satisfação(...), hora a barraca estava simplesmente no meio da rua, nem parei o carro para não perder meu tempo com pessoas ignorantes.
Após da baixa na documentação do Perú, fui dar entrada na aduana boliviana do outro lado da rua. Na obtenção da documentação, pude notar o mal humor, falta de vontade e educação das pessoas que estava trabalhado na aduana. Depois de mais de uma hora, estava liberado para seguir adiante. Embora não tivesse o mapa da Bolívia no GPS, chegar em La Paz não tinha erro. Desaguadero é uma cidade simplesmente horrível, nem cheguei a procurar hotel naquele lugar. Seguindo pelas ruas abarrotadas de lixo e pessoas mendigando, cheguei na única estación de servicio do lugar, que não tinha gasolina. Como só tinha abastecido 8 litros nós últimos quilômetros percorridos no Perú, o ponteiro no painel do Fusca marcava apenas uns 6 litros de gasolina no tanque, mesmo assim decidir seguir em direção a Tiahuanaco.
Em Nazca, fui em 4 oficinas. Nas quatro, fui informado que teria que levar o Fusca até a capital Lima que se encontrava há mais de 1000km de distancia. Mais comigo não tem erro! Mandei desmontar o quadro da suspensão e levamos para alinha-la no verdadeiro estilo "vai ou racha". Depois de "alinhada" na prensa e montada novamente, o Fusca estava pronto para pegar estrada. No Brasil, trocarei o quadro da mesma por um novo, pois ele amassou bem em cima dos braços do embuchamento, que essa hora devem esta embarcando para o espaço. Com a suspensão não tão alinhada, os pneus também estão com os dias contados. Mais o importante é que o Fusca estava pronto para refazer o mesmo caminho em direção a Cusco.
Frente estraçalhada por causa do guincho impróprio para rebocar veículos pequenos.
Todo o pessoal da oficina trabalhando juntos para colocar o Fusca o mais rápido possível na estrada.
Quadro da suspensão bastante empenado...
"Alinhada" e pronta para montar novamente no chassi do Fusca.
Seguindo com a jornada, passei um dia inteirinho remando na Cordilheira dos Andes, enfrentando péssimas estradas e fortes chuvas de granizo. Em Puquio, parei para esticar às pernas e aproveitei logo para realizar mais uma troca de óleo ali mesmo na beira da estrada, trocando o filtro de ar e combustível também.
Estrada muito ruim, muito gelo pela pista e uma chuva que não cessa!!!
Ultima troca de óleo na jornada.
Logo em seguida, pegando estrada e muita subida, chegando em Abancay às 21 horas sobre temperaturas negativas. Fui logo procurar um hotel para passar a noite. Não encontrei hotel com garagem, e não me convém deixar o Fusca na rua. Sem ter o que fazer, decidir seguir adiante mesmo sabendo que não iria mais visitar o sitio arqueológico de Saywite na saída da cidade e que estava programado para o dia seguinte. Na estrada, sobre chuva e neblina, fui conduzindo o Fusca calmamente em segunda marcha por mais de mais 3 horas na estrada agora deserta até chegar na cidade de Curahuasi, onde me hospedei. No dia seguinte, dormir até mais tarde, e depois de dar uma olhada superficial no motor e câmbio atrás de algum vazamento de óleo, seguindo em direção a Cusco por volta das 11 horas da manhã.
Já em Cusco, estacionei o Fusca em uma rua estreita para comer alguma coisa, logo em seguida sai em direção às ruínas de Saczayhuaman. Depois de observar com os meus próprios olhos às evidencias que fortaleceram ainda mais os meus pilares do Ateísmo, seguir em direção ao estacionamento para pegar o Fusca. Na hora de ir embora, notei que alguém tinha batido no para-lama direito traseiro. A cor deixada na pintura do Fusca foi que me deu a resposta. Algum ônibus do transporte público de Cusco tinha me atingido na estreita rua onde eu deixei o carro estacionado.
Rua estreita, não sabia eu a surpresa que me aguardava.
Fazer esse trabalho com ferramentas primitivas???
Cortes com as mesmas características que só HOJE conseguimos com máquinas elétricas específicas...
Lataria danificada pelo transporte público.
Seguindo em direção a outras ruínas no Vale Sagrado, fui pensando comigo mesmo na sacanagem que o governo peruano faz com os seus visitantes. Para poder visitar uma ruína você tem que comprar um caríssimo bilhete de acesso. Esse bilhete também lhe dar acesso a outras ruínas “próximas”, porém esse bilhete só tem validade de apenas um dia, obrigando os turistas a ficarem pouco tempo no local de visitação.
Ruínas de Pukapukara
Ruínas do templo Q'enqo
O lugar é um mistério para nós seres humanos.
Sala de rituais
Vitrificação de rochas, como a bíblia explica esse evento???
Ruínas de Tambomachay
Ruínas de Pisac
Tumbas mortuárias
Túnel esculpidos nas pedras
Passando pelas ruínas de Písac, entrei no Fusca sabendo que tinha pouco tempo para chegar em Ollantaytambo. No caminho fui parado por policiais que fizeram uma busca detalhada dentro do carro, depois de arrumar toda a bagagem no lugar e responder algumas perguntas sobre o Fusca, estava na estrada novamente, agora mantendo velocidades na ordem de 120 km/h cortando todas as curvas que tinha visão. Não andei 20 km e fui parado de novo(...), depois de outro “bacu” no carro já nem arrumei mais há bagagem, simplesmente joguei ela dentro do Fusca. Em um trecho da estrada agora mais sinuosa do Vale Sagrado, atropelei um cachorro de grande porte a mais de 80 km/h, amassando o aro do farol e entortando um pouco mais o para-choque, sem falar que quase arrancou o farol de minha, mesmo assim, pude acompanhar pelo retrovisor o cachorro se levantando e continuando seu destino para o outro lado da estrada. Faltando apenas 32 km para às ruínas de Ollantaytambo, acredita, fui parado novamente pela polícia carreteira. Depois de mais uma vistoria rigorosa na bagunça que já tinha formado dentro do Fusca, voltei a estrada já sabendo que não tinha mais tempo para nada naquele dia. Chegando na cidade de Ollantaytambo, comecei uma peregrinação atrás de um hotel que tivesse garagem para guardar o Fusca, pois no dia seguinte tinha em mente de ir nas ruínas de Machu Picchu. Após quase 40 minutos andando em ruas apertadíssimas e com pavimento de pedras, encontrei um hotel que tinha garagem com uma diária de 230 reais.
Beleza, fui a estação de trem da cidade para comprar a passagem para Água Caliente. Na estação, fui nas duas empresas que operam na linha local e nas duas o preço da passagem estavam simplesmente absurdos. Estavam cobrando algo muito próximo de 400 reais para um trajeto menor que da minha casa até o meu trabalho e em horário horríveis. Caramba, mais de 600 reais para visitar Machu Picchu. Desistir na mesma hora, voltei no hotel, dei baixa pagando 5% do valor da diária, peguei o Fusca na garagem e voltei novamente para Cusco sobre uma forte chuva de granizo por quase todo o caminho, chegando por volta das quatro horas da madrugada. No hotel, abrir o roteiro da viagem e lembrei que tinha mais duas ruínas no Vale Sagrado para ser visitadas. Fui dormir e só acordei às 13 horas, ainda cansado do dia anterior. Da janela do quarto observei que a cidade estava coberta por uma forte neblina. No balcão do hotel me informei com a moça que ali estava e fui informado que a neblina era normal em dias chuvosos. Voltando para o quarto e decidir que iria tirar o dia para descansar, desistindo também da visita das ruínas de Maray e Pikillaqta por causa da chuva e da neblina. Peguei o Fusca na garagem do hotel e fui almoçar, depois dei uma passada em um mercadinho para comparar umas besteiras, pois o objetivo do dia seguinte era chegar novamente na Bolívia, depois voltar para o hotel de baixo de uma chata chuva.
Na manhã seguinte, dei baixa no hotel e continuei com a jornada. Seguindo pela estrada sobre uma leva garoa e uma neblina que não possibilitava enxergar 30 metros adiante. Após cruzar a Cordilheira dos Andes, fui em direção às grandes planícies cercadas de montanhas.
Em Acora, parei para abastecer mais uma vez, comprei apenas 2 galões(8 litros)de nafta, que era suficiente para chegar na Bolívia, ai sim, encher o tanque com a gasolina baratissima. Na estrada novamente, fiz questão de parar no portal de Aramu-Muru. Depois de notar uma boa energia do locar e fortalecer ainda mais minhas opiniões sobre a bíblia, caminhei por alguns minutos até chegar no Fusca, que tinha ficado dentro do mato para não atrapalhar o fluxo de pessoas pastorando seus rebanhos de ovelhas na estradinha de terra.
Seguindo adiante, passei por Juli e Pomata até chegar em Desaguadero para fazer os tramites de migração na Bolívia no inicio da noite. A aduana encontra-se logo após a ponte sobre um “Braço” do lago Titicaca. Na hora estava ocorrendo uma feira sobre a ponte tornando o transito um caus. Esbarrei levemente com o Fusca em uma barraca que sei lá o que estava vendendo, o dono já muito bravo veio querendo tirar satisfação(...), hora a barraca estava simplesmente no meio da rua, nem parei o carro para não perder meu tempo com pessoas ignorantes.
Após da baixa na documentação do Perú, fui dar entrada na aduana boliviana do outro lado da rua. Na obtenção da documentação, pude notar o mal humor, falta de vontade e educação das pessoas que estava trabalhado na aduana. Depois de mais de uma hora, estava liberado para seguir adiante. Embora não tivesse o mapa da Bolívia no GPS, chegar em La Paz não tinha erro. Desaguadero é uma cidade simplesmente horrível, nem cheguei a procurar hotel naquele lugar. Seguindo pelas ruas abarrotadas de lixo e pessoas mendigando, cheguei na única estación de servicio do lugar, que não tinha gasolina. Como só tinha abastecido 8 litros nós últimos quilômetros percorridos no Perú, o ponteiro no painel do Fusca marcava apenas uns 6 litros de gasolina no tanque, mesmo assim decidir seguir em direção a Tiahuanaco.
Viajando pela principal estrada da Bolívia e mesmo assim péssima,
peguei a chuva
mais forte de toda a jornada, parei no “suposto” acostamento da
estrada e esperei a chuva dar uma passada, aproveitei
e ali
mesmo realizei um lanche dentro do carro. Alguns minutos depois,
estava
dirigindo novamente.
Em
Guaqui,
fui
parado
por uma patrulha
do Exército da Bolívia, onde fui informado que ali não tinha posto
de gasolina. Ainda bem, pois não gastei gasolina procurando. Após
ser liberado, partir olhando o marcador de combustível o tempo todo
e nada de passar por um posto. Em Lara, encontrei uma posto já
fechado, caramba ainda não era meia-noite e
a pequena
cidade
já estava deserta.
Sem ter nenhum hotel nessa pequena cidade, decidir continuar seguindo
pela ruta
1 agora em um trecho em melhores condições. Com menos de 2 litros
de gasolina no tanque, cheguei em Tiahuanaco em baixo de chuva
novamente. Passei pelo único posto de combustível da pequena cidade
que também estava fechado. Como tinha planejado uma visita ao sítio
arqueológico de Tiahuanaco(Um dos mais importantes do planeta) fui a
procura de um hotel, como a cidade é relativamente “turística”
não tive dificuldades em encontrar um hotel com garagem, embora
fosse o hotel mais caro que paguei em
toda
Bolívia. Um detalhe é que no estacionamento do
hotel tinha
uma van com placas
da Argentina, como estava tarde, nem fui atrás para saber quem era
os aventureiros. Na manhã seguinte, partir bem cedo em direção ao
posto de gasolina, e tentando esconder o Fusca para ir comprar
gasolinas nos galões, quase atolei o carro atrás de um muro,
choveu
a noite toda é a terra estava bem fofa .
Com o tanque cheio,
partir em direção ao sítio
arqueológico de Tiahuanaco. Pude
ver com os meus próprios olhos às elevações no solo que a igreja
católica não permite de forma alguma ser cavadas e explorados por
medo de revelar algo mais forte do que já foi descoberto e que ela
escondeu
sobre
esse sítio
arqueológico. Com
o meu legitimo exemplar de uma piedra negra em mãos, pude observar o
glorioso Portal do Sol que tem uma ligação em comum com o Portal de
Aramu-Muru,
a teoria da relatividade proposta por Albert Einstein e a formação
da “Piedra negra”. Esse blog não foi destinado para entrar nesse
assunto, mais posso afirmar que tudo que eu vir em Nazca, Valle
Sagrado, Aramu-Muru
e
agora em Tiahuanaco
só
me
fortalece e me conforta.
Templo Kalasasaya.
Seguindo adiante com a jornada e agora me sentindo mais forte mentalmente em relação a vida, peguei a Ruta 1 e em pouco tempo estava em La Paz, capital oficial da Bolívia. A primeira visão de La paz é impressionante, iniciei a decida pedindo informação para chegar ao centro. Nessa brincadeira, passei mais de 2 horas enfrentando um transito simplesmente caótico, a impressão que eu tinha era que eu estava em algum lugar da Índia, nunca estive em um lugar com tantas pessoas ocupando o mesmo metro quadrado. Depois de uma batalha e uma prova de paciência, conseguir chegar na região central. Deixei o Fusca estacionado em um estacionamento pago, caminhei por 10 minutos ao centro para procura uma loja para adicionar o mapa da Bolívia ao GPS. No centro de La Paz, só tem três tipos de estabelecimentos, que são; ópticas, lojas de revelação de fotos e casas de xerox. Se você estiver procurando uma simples atualização de um GPS no centro da capital da Bolívia, você vai ficar na mão. Depois de algumas horas caminhando ali no centro, fui pedir informação novamente para encontrar o estacionamento que eu tinha deixado o Fusca.
Seguindo adiante com a jornada e agora me sentindo mais forte mentalmente em relação a vida, peguei a Ruta 1 e em pouco tempo estava em La Paz, capital oficial da Bolívia. A primeira visão de La paz é impressionante, iniciei a decida pedindo informação para chegar ao centro. Nessa brincadeira, passei mais de 2 horas enfrentando um transito simplesmente caótico, a impressão que eu tinha era que eu estava em algum lugar da Índia, nunca estive em um lugar com tantas pessoas ocupando o mesmo metro quadrado. Depois de uma batalha e uma prova de paciência, conseguir chegar na região central. Deixei o Fusca estacionado em um estacionamento pago, caminhei por 10 minutos ao centro para procura uma loja para adicionar o mapa da Bolívia ao GPS. No centro de La Paz, só tem três tipos de estabelecimentos, que são; ópticas, lojas de revelação de fotos e casas de xerox. Se você estiver procurando uma simples atualização de um GPS no centro da capital da Bolívia, você vai ficar na mão. Depois de algumas horas caminhando ali no centro, fui pedir informação novamente para encontrar o estacionamento que eu tinha deixado o Fusca.
Às pessoas ainda reclamam do transporte público no Brasil!
Placas da Argentina
Plaza de armas, o único lugar do mundo onde os pombos são domesticados.
Com o Fusca novamente pelas ruas de La paz, fui pedindo uma informação aqui, outra ali, até chegar ao anel viário, rapidamente contornei toda a imensa La paz procurando a saída em direção Cochabamba. Se para chegar ao centro de La Paz foi difícil, encontrar tal estrada para Cochabamba foi surreal. Entrava em uma rua, saia na outra, um transito tremendo(...), parei o Fusca na frente de um hotel e pedir mais uma vez por informações, até conseguir chegar na saída para Cochabamba por volta das 17 horas. Na hora de abastecer o Fusca para pegar estrada, me deparei com a situação mais difícil para comprar combustível. Em La paz, todos os motoristas tem que ter um cadastro no posto de gasolina para poder comprar gasolina, sem ter esse cadastros e nem me preocupando na obtenção, esperava alguém vim abastecer e comprava gasolina utilizando o cadastro da outra pessoas, claro, sobre a autorização dela. Levei mais de trinta minutos para encher o tanque do Fusca. Seguindo pela Ruta 1, passei por Calamarca e Panduro, onde uma pedra arremessada pelos pneus de uma carreta atingiu o farol esquerdo do Fusca quebrando-o. Com a iluminação precária, fui obrigado a ir mais de vagar, chegando em Cochabamba por volta das 3 horas da manhã, ainda disposto a procurar a saída para Santa Cruz De La Sierra tendo como vantagem ruas desertas.
A Procura da saída para Cochabamba.
Sabia que existia dois caminhos para chegar a Santa Cruz, o “novo” que tem um trajeto mais curto, e o “velho” que eu não sabia de absolutamente nada. Pegando informações em postos de gasolina, postos da polícia e bombeiros, descobrir que uma ponte tinha caído pelo caminho “novo” me obrigando a seguir pelo outro caminho que depois descobrir que é conhecido pelo nome de Ruta del Petróleo. Na saída da cidade em direção a Santa Cruz, parei para descansar em um hotel, feliz por ter descoberto o ocorrido sobre a ponte, mesmo sendo o trajeto que tinha planejado, sabendo também que iria abrir mão de vários lugares para visitação. Na garagem do hotel, descobrir que o incompetente do frentista do posto de gasolina não tendo colocado a tampa do tanque de combustível corretamente, fazendo com que perdesse do carro em algum lugar. Rapidamente peguei a meia da minha bota e coloquei dentro de uma sacola para “fechar” a boca do tanque. Após algumas horas de sono, seguir em direção a Santa Cruz mas antes parei para almoçar e mais uma vez desanimei com a comida.
No Peru e principalmente na Bolívia, o pollo(frango), é uns dos alimentos principais da culinária, como eu não gosto de frango, dai você já viu! Pollo frito, pollo assado, sopa de pollo, pollo!!! Após uma almoço sem muitas opções, partir em direção a Santa Cruz por uma estrada relativamente boa não sabendo o que me esperava naquele dia. A estrada que era boa foi se transformando em uma horrorosa estrada de terra já na selva boliviana, que ficava pior a cada quilômetro, por causa das fortes chuvas presente quase o dia todo. Em uma minúscula vila que não me ocupei em saber o nome, deparei com uma grande quantidade de caminhões parados. Pegando informações para saber se estava no caminho certo para Santa Cruz, um policial me informou que a três quilômetros afrente, um grande atoleiro estava impedindo o trafego de veículos há dois dias. Beleza, sem dar notícias a minha família desde a cidade de La Paz, decidir enfrentar o atoleiro para tentar chegar em Santa Cruz não importando a hora que fosse. Partindo em direção ao atoleiro, não fui muito longe. Um pouco depois da saída da vila, já peguei o engarrafamento dos caminhões que esperavam o solo secar um pouco. Não perdendo tempo, fui patinando com o Fusca, passando por quase 2 quilômetros ate chegar no ponto onde tinha pessoas esperando por quase dois dias uma trégua das chuvas. Sem ter o que fazer, fui conversar com o pessoal que ali estava para ver se tinha máquinas trabalhando na estrada e fui informado que aqui na Bolívia não existem máquinas trabalhando nas estradas.
Desanimado e preocupado com minha família
no Brasil e
com o dia de voltar a trabalhar chegando,
entrei no Fusca e acabei tirando um sono de mais de 4 horas. Acordei
e recebi
a notícia
que tinham conseguido desatolar 2 carretas, mas
ainda não tinha
previsão para seguir viagem.
Entediado pela situação,
fui dar uma organizada dentro do Fusca e após um levantamento, sabia
que tinha água e
comida
para mais 2 dias.
Após mais umas agoniantes horas de espera, o pessoal liberaram a
passagem das caminhonetes e alguns raros carros pequenos. Tendo uma
Toyota em minha frente, partir em direção ao atoleiro calmamento
com o Fusca patinando
perigosamente
na beira do precipício.
Ao chegar no atoleiro, parei o Fusca e deixei a Toyota seguir,
analisando o melhor caminho, partir para o tudo ou nada. Com o Fusca
arrastando o assoalho na lama, entrei calmamente no atoleiro e nessa
hora comecei a tratorar pelo barro. Naquela de vai atolar, não não!
Andei por quase três
quilômetros
deixando para trás
duas caminhonetes e um carro de pequeno porte, que atolaram na
tentativa. Saindo do atoleiro orgulhoso da garra do Fusca e
sabendo que os pneus 165 R15 fizeram toda a diferença para busca
solo firme, seguir
em frente deixando para trás
pessoas
mergulhadas na incerteza.
Aproximadamente uma hora depois, e
sem noção alguma do local que estava, fui obrigado a esperar
novamente na fila de espera por causa de 6 carretas atoladas em outro
princípio
de atoleiro. Mais uma espera de 2 horas, conseguiram dar passagem
para carros de pequeno porte. Uma sorte, pois entre os carros tinha
uma ambulância
com
uma paciente com
destino a Comarapa.
Seguindo viagem pela estrada de chão que não dava para passar de
30km/h, cheguei no
finalzinho da tarde em uma
pequena vila onde comprei dez litros de gasolina na
casa de um rapaz
para não correr o risco de ficar na estrada por falta de gasolina.
Após abastecer o Fusca ali mesmo no meio da rua, seguir em frente na
esperança
de chegar em Santa Cruz, porém mais um grande atoleiro próximo de
uma cidade Camarapa
cessou
meu plano de chegar em Santa Cruz. Na fila de espera do atoleiro,
tirei mais um longo sono e por volta das 2 horas da manhã, liberaram
novamente o trânsito para carros pequenos. Pegando apenas decida,
passei pelo atoleiro facilmente. Chegando na cidade, fui a procura de
um hotel, mas por causa do atoleiro, estavam todos cheio. Sem ter
onde dormir, estacionei o Fusca entre às carretas e
dormindo logo em seguida. Após o dia amanhecer, paguei para tomar um
banho, tomei café e seguir em direção a Santa Cruz. Parando
em Mairanda para esticar as pernas, fui de encontro ao asfalto que
mesmo sendo precário, não se comparava com aquela estrada de chão
deixada para trás.
Agora rodando no asfalto, rapidamente cheguei em EL Torno, onde fui
parado pela polícia, que queria implicar por causa da placa
dianteira coberta pela lama. Após lavar a placa do Fusca com água
mineral, em fim, conseguir chegar em Santa Cruz por volta das três
horas da tarde. Sem ter GPS, nem me dei trabalho de chegar ao centro
da maior cidade da Bolívia, pois saberia que estaria até hoje
tentando encontrar a saída para Puerto Suarez. Pela primeira vez na
Bolívia, estava em uma cidade onde existia uma sinalização
indicando os motoristas, mas o grande número de pessoas trabalhando
em campanhas políticas
no meio da rua provocando
engarrafamento e tumultos. Por questão de segurança, passava com o
Fusca no meio da multidão com os vidros fechados. Como em La Paz,
encontrei a mesma dificuldade de comprar gasolina em Santa Cruz por
causa do cadastro nos postos de gasolina. Repetindo o mesmo processo
feito em La Paz, partir com o tanque cheio pela Ruta bioceânica
hora pavimentada em asfalto e hora em concreto, estrada
reta e plana,
mantendo a velocidade na ordem de 90
km/h entrei noite a dentro até chegar na cidade de Roboré
há
uns 270 km da fronteira com o Brasil, parei para descansar e foi onde
conseguir entrar em contato com minha família. Foi nesse trecho
também que conseguir ter a melhor média de consumo, fazendo média
de 16,3 km/l. No dia seguinte, já fui acordar por volta das 14
horas, após almoçar pela última
vez em solo boliviano, fui ao posto de gasolina e completei o tanque.
Seguindo em direção ao Brasil e me despedindo das estradas de
outros países, cheguei em Puerto
Suarez mas
antes de encarar há aduana, completei pela última vez o tanque com
a quela gasolina pura e barata. Ao chegar na aduana, desanimei! Uma
fila dava volta no prédio,
mas depois de tudo que enfrentei pelas aduanas dessa jornada, àquilo
era café pequeno, mesmo sobre forte Sol. Saindo da aduana no final
da tarde e novamente na pátria amada com a conclusão que se tivesse
trazido uma tonelada de drogas no Fusca, tinha entrado sem ser
incomodado por ninguém, mostrando a ineficiência de todas as
fronteiras que eu passei.
Seguindo agora em terras brasileiras com auxilio do GPS,
peguei a BR 262 no sentido Campo Grande, cruzando assim algumas
regiões do Pantanal, parando para dormir em
Terenos ainda no estado do Mato Grosso, sabendo que no último dia da
já saudosa jornada seria um “tiro” até Brasília, pois no dia
seguinte já estaria retornando ao trabalho. Acordei às duas horas
da manhã, dei baixa no hotel e fui com o Fusca no posto de gasolina
completar o tanque. Logo em seguida pegando estrada, passando pela
capital Campo Grande e seguindo pela MS 245, parei em
Cassilândia na fronteira com o estado de Goiás para tomar um café. Em
estradas planas e com longas retas, fui mantendo
o ponteiro do velocímetro sobre os 120km/h, fazendo
com que a viagem rendesse bem. Passei por Serranópolis
chegando em Jataí em baixo de chuva onde parei para almoçar. Em
Jataí, completei o tanque e ganhei uma lavagem meia boca no Fusca,
que ainda trazia as marcas da batalha na Bolívia. Na saída da
cidade, fui parado pela polícia rodoviária, por sorte não
olharam as condições dos pneus, que essa hora já estavam em um
estado críticos
por causa da suspensão danificada.
Seguindo com a viagem agora pela BR 060 toda duplicada, passando por Rio Verde com destino a Goiânia. Faltando aproximadamente 40 km para chegar em Goiânia, o pneu dianteiro esquerdo estourou por causa do grande desgaste, abrindo assim um grande buraco em sua banda de rodagem. Com o estepe também já bem cansado, cheguei em Goiânia no início da noite. Passando por Anápolis, cheguei em Alexânia. Uns 10 km depois de Alexânia, o pneu que tinha trocado antes de Goiânia furou. Beleza, por sorte um pouco adiante tinha um posto de gasolina. Na borracharia do posto, tive que esperar o borracheiro trocar os pneus de duas carretas.
Um
tempo depois, estava novamente na estrada para percorrer os últimos
70 km para chegar em casa, trajeto feito em 40 minutos.
Já em casa e com a rotina restabelecida, parei para pensar em todos os desafio e imprevistos que surgiram durante os 29 dias intensamente vividos. Foram 6 países, mais de 550 cidades, totalizando exatamente 13.923 km rodados e 1035,25 litros de gasolina consumidos, do oceano Atlântico ao Pacífico enfrentando oscilações de altitudes muito fortes, dos picos nevados ao deserto e posteriormente passando pala selva boliviana. Passei por alguns dos lugares mais remotos do planeta confiando absolutamente na antiga mecânica de um automóvel que já vem mostrando a muito tempo que são as coisas simples que fazem toda a diferença em nossas vidas. Agora e partir para a próxima com a certeza de que um dia irei morrer sem ter visto tudo.